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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O FADO DA SOBERBA

Cala-te! Não me importa a tua opinião,

pois detenho a verdade impoluta e suprema,

as minhas falas fluem como teoremas

tão corretos e isentos de demonstração!”



Menoscabava assim adversos argumentos,

os meus conceitos rutilavam em emblemas,

eram adágios proferidos como lemas,

minha existência era esculpida em monumentos!



Minha presença era qual tela de cinema!

Cessando vozes e moldando sentimentos,

prevalecia a capturar toda a atenção.



Mas ao brilhar tão forte, ofusquei meu esquema,

de tão incandescente, emperrei movimentos,

com cegueira e surdez, vivo em estagnação.


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