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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

PRENDA

Bem devagar, cai do céu um poema,


vem mansamente, um anjinho, tão lento,


paira embalado ao carinho do vento


e traz consigo, nas asas, seu lema:





Sorver do amor e emanar paz suprema!”


Vem a bailar, em sutil movimento,


colhe na brisa, em frescor, o alimento


para cuidar de uma flor, do meu tema.





Esse poema que vaga nos ares


e se aproxima, a sagrar meus altares,


tem, dentro em si, a mais doce encomenda.





Devo ampará-lo, suave, no colo,


para impedir queda brusca no solo,


pois ele traz o meu bem, minha prenda!


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