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quarta-feira, 27 de julho de 2011

A NUDEZ

No desnorteio de pairar inebriado


em tua sombra que me veste toda a essência,


eu me serpeio e me misturo no teu fado,


enlouquecido delirando em dissolvência.





Em teu olhar a chama em vela do segredo...


Eu me desvendo em tua rima de assonância...


Nas tuas coisas vivo o meu feliz degredo...


Fixo em meu corpo a tua vívida substância...





E vou voando pelas vagas de tua aura...


Vou lapidando em mim a graça que se instaura...


Enquanto bordas no destino que eu te dei...





Mas na viagem do meu sonho em teus tesouros,


eu conheci, de ti, sombrios logradouros.


E ao desnudar-te a humanidade, eu acordei.



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