Em tua boca encontro notas, canto leve
que flui ao vento, encanta, amplia a minha foz
para que eu, rio, então me espalhe em tempo breve
por estes mares que libertas pela voz.
E nos teus mares lambo, beijo meu algoz
porque não há mais alimento pra o que ferve
dentro de mim, minhas feridas, dor atroz.
Sou renascer na abençoada tua verve...
O teu cantar voa a fazer que se conserve
o mundo em cores, extirpando tom feroz,
e que à poesia nossa vida se reserve.
Em melodias, ventanias, águas, nós
soprando em flocos a grandeza, branca neve,
edificando em maravilhas nosso após.
Nenhum comentário:
Postar um comentário